OUTUBRO, MÊS MISSIONÁRIO



Corações ardentes, pés a caminho (cf. Lc 24, 13-15) 

A partir dos Discípulos de Emaús (Lc 24,13-35), o Papa Francisco nos convoca a colocar os pés a caminho para anunciar a Boa nova do Evangelho. Como lemos em Lucas, no caminho de Jerusalém para Emaús, os corações dos dois discípulos estavam tristes, por causa da morte de Jesus, em Quem haviam acreditado (cf. 24, 17).

Jesus aproximou-Se deles e caminha junto. (24, 15).  O Papa Francisco diz: “Como no início da vocação dos discípulos, também agora, no momento da frustração, o Senhor toma a iniciativa de Se aproximar dos seus discípulos e caminhar ao lado deles.

Jesus os convida e nos convida a viver o Evangelho da alegria, sem perder a esperança. Diz o Papa: “Nem todos os dias da vida são cheios de sol, mas lembremo-nos sempre das palavras do Senhor Jesus aos seus amigos, antes da Paixão: “No mundo, tereis tribulações; mas tende confiança: Eu venci o mundo!” (Jo 16, 33).

Ouvindo os dois discípulos no caminho de Emaús, Jesus ressuscitado, explica as escrituras, começando por Moisés e seguindo por todos os profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que Lhe dizia respeito (Lc 24, 27). E os corações dos discípulos inflamaram-se, como no fim haviam de confidenciar um ao outro: "Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?" (24, 32). Na realidade, Jesus é a Palavra viva, a única que pode fazer arder, iluminar e transformar o coração.

Portanto, deixemo-nos sempre acompanhar pelo Senhor ressuscitado que nos explica o sentido das Escrituras. Deixemos que Ele faça arder o nosso coração, nos ilumine e transforme, para podermos anunciar ao mundo o seu mistério de salvação com a força e a sabedoria que vêm do seu Espírito. Que nossos olhos missionários se abram e que, no partir o pão Eucaristia seja nossa fonte da missão.

“É preciso ter presente que, se o simples repartir o pão material com os famintos em nome de Cristo já é um ato cristão missionário, quanto mais o será o repartir o Pão eucarístico, que é o próprio Cristo? Trata-se da ação missionária por excelência, porque a Eucaristia é fonte e ápice da vida e missão da Igreja” (Papa Francisco).

Para dar frutos missionários devemos permanecer unidos a Ele (cf. Jo 15, 4-9). E esta união realiza-se através da oração quotidiana, particularmente na adoração, no permanecer em silêncio diante do Senhor, que está conosco na Eucaristia. Cultivando amorosamente esta comunhão com Cristo, o discípulo missionário pode tornar-se um místico em ação. Que o nosso coração anele sempre pela companhia de Jesus, suspirando conforme o ardente pedido dos dois de Emaús, sobretudo ao entardecer: "Fica conosco, Senhor!" (cf. Lc 24, 29).

A conversão missionária permanece o principal objetivo que devemos assumir como indivíduos e como comunidade, porque a ação missionária é o paradigma de toda a obra da Igreja, diz o Papa Francisco.

Nesta Missão todos somos chamados a anunciar o Evangelho pelo testemunho de vida. Assim, todo cristão, pela força do batismo, participa da missão da Igreja: anunciar o Evangelho em todo canto, formando discípulos missionários (cf. Mt 28,19). A Igreja de Jesus Cristo é uma Igreja em estado permanente de missão, ou, como nos diz o papa Francisco, uma Igreja “em saída”, servidora, capaz de ir às periferias do mundo, não só geográficas, mas também existenciais, e aí servir a tantos irmãos, manifestando a ternura de Deus.

Que este mês missionário seja oportuno para que cada cristão católico reavive em si a vocação missionária e testemunhe com alegria a fé e a esperança que brotam do Evangelho.

Ir. M. Helena Teixeira - Provincial MSNM

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